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  • Lula diz que neoliberalismo intensificou desigualdade econômica e política


  • O petista participa do encerramento da Cúpula do G20 Social

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou neste sábado (16) que o neoliberalismo "agravou a desigualdade econômica e política que hoje assolam as democracias"

O discurso foi realizado durante encerramento da Cúpula do G20 Social, no Rio de Janeiro. 

O grupo abrange 19 dos principais países do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

De acordo com Lula, o G20 necessita debater medidas para amenizar custo de vida e prover uma jornada de trabalho mais equilibrada.

Além disso, o presidente afirmou que os governos precisam "romper com a dissonância cada vez maior entre a 'voz dos mercados' e a 'voz das ruas'" para "chegar ao coração dos cidadãos comuns".

Para Lula, o G20 precisa "preservar o espaço público" para que o "extremismo não gere retrocessos nem ameace direitos".

O presidente também destacou a precisão de o grupo dar importância a juventude e de se comprometer com a paz, "para que rivalidades geopolíticas e conflitos não nos desviem do caminho do desenvolvimento sustentável".

Durante sua fala, Lula retomou o ponto de defender mudanças nos mecanismos de governança global e a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pleito histórico do Brasil.

Para o chefe do Executivo, a única maneira de evitar conflitos e guerras é dar importância ao Conselho e ampliar sua representatividade.

"Quando a ONU foi criada, só tinha 56 países participando. Hoje são 196 países e eu fico me perguntando, onde é que está o continente africano na ONU? Onde é que está o continente latino-americano? Onde é que está a grande parte dos países asiáticos? Onde é que está países importantes?", questionou Lula.

"Onde que esses países estão que eles não participam do Conselho de Segurança para tomar decisões coletivas e ajudar a gente implantar as coisas que temos que implantar?".

Ademais, fez também referência às mudanças climáticas, falando ser uma "questão que a gente está vendo acontecer no nosso quintal, na nossa rua, no nosso bairro"

"O clima está mudando e se tem um responsável que se chama ser humano. Nós somos responsáveis com a única casa que a gente tem, que é o planeta Terra. Então essa luta que a gente tem que fazer é uma luta do dia a dia nosso".